
Restart, o filme

Saramago não morreu!
Não acredita? Acopanhe meu raciocínio:
- Jose Saramago gozava de ótima saúde e vitalidade, apesar de seus 87 anos, sempre que possível trocava o conforto e a rapidez do automóvel por uma boa e saudável caminhada.
- Ele sempre teve medo da morte natural e nos últimos anos vinha ficando quase paranoico com isso. Por ser ateu, ele pode ter quisto decidir quando seria seu último dia, e não ficar "à mercê de Deus".
- E por ser ateu, o ato do suicídio não lhe parecia hedionda, já que não acreditava em inferno, purgatório ou vida após a morte.
- Você não acha estranho ele morrer no dia seguinte ao meu retorno a escrita literária?
- Ontem, quando publiquei meu último post, recebi uma visita das Ilhas Canárias (como vc pode ver no mapa na coluna esquerda do blog)
"O homem mais sábio que eu conheci, não sabia ler nem escrever"
José Saramago se referindo a mim. Nos conhecemos numa visita sua ao Brasil em 1994 e eu só concluí minha alfabetização em 1997 aos 13 anos de idade.
Infelizmente, lamento a morte do maior escritor da lingua portuguesa (foda-se Camões, Os Lusíadas é chato pra cacete!)
Ensaio sobre a cegueira é um dos melhores livros que já li e O Evangélio segundo Jesus Cristo é, com certeza, um dos melhores livros que ainda vou ler.
Paga pra ver? (parte 2)
-Marcão, o que é "lápido*"?
- Hum... não sei!
Minha avó, se sentindo uma das sisters, resolve interagir com os confinados na casa e comigo:
- Felipe, o que é "lápido*"?
E eu já com a resposta coçando na língua..:
- É o Cebolinha "Colendo"!
Não sei se ela entendeu, acho que não, mas eu fiquei um bocado de tempo rindo sozinho...
*Consultando meus alfarrábios, não encontrei a palavra "lápido", portanto, penso que a Natália se referia à "lapido", 1ª pessoa do presente do indicativo do verbo lapidar. (se estou enganado, me desculpem professores Pasquale de plantão...)
Enquanto isso... na faculdade

"- Qual foi o último livro que você leu?"
"- Bom fessora... que eu li até o final... não."
"- Não o que?! Você nunca leu um livro?!?!"
"- Inteiro não"
Então a professora apelou para algo que a maioria dos jovem é refém, a moda:

"- Mas nem esses livros tipo.... O Código Da Vinci ou O Segredo?!"
E a aluna, toda animada, como se finalmente um sueco conseguisse pronunciar uma palavra em português que ela entendesse, respondeu toda serelepe:
"- Ahh... O Segredo! Esse eu não li não, mas quando eu saí de casa, minha avó tava vendo o filme!"
(É um fato verídico. Eu juro!)
Sex Shop cultural

Não entendeu? Procure saber quem foi Herman Melville e quem é o careca de ocúlos na caixa... se ainda assim você não entendeu, clique aqui, ou aqui, ou aqui, ou aqui
Grau "Superpassivo" Absoluto Sintético
Dizem que quando um homem é chamado de touro é porque ele é forte e viril, mas quando uma mulher é chamada de vaca é porque é uma vadia e dá pra todo mundo.
Quando o homem é chamado de vagabundo, é porque ele é preguiçoso. Já quando a mulher é chamada de vagabunda, é porque é uma vadia e dá pra todo mundo. E por aí vai.
Mas eu venho dizer que as mulheres também têm as suas vantagens gramaticais!
Elas têm o Grau Superlativo Absoluto Sintético só pra elas!
Se sua mãe não é professora de português, você não deve ter entendido nada. Mas calma eu explico:

Você nota o Grau Superlativo Absoluto Sintético quando, em uma frase, o adjetivo vem acrescido de um dos sufixos (íssimo, ílimo, érrimo).
Exemplos:
- "Esta pintaura é belíssima"
- "Este exercício está dificílimo"
- "Que sapato chiquérrimo" (este é o pior)
Ainda não entendeu porque ele é apenas para mulheres?
Vai me dizer que você já ouviu algum homem, mas homem mesmo, firme, proferir uma frase dessas?! (principalmente a última)
Se você pensou: "Mas meu namorado fala assim"...
Corra enquanto ainda há tempo e termine logo com esse baitola enrustido!
Até o João Gordo, que é um dos caras menos gay da TV brasileira me parece meio boneca quando solta seu "escrotérrimo".
Portanto meninas, parem de reclamar e aproveitem a diferenças entre os sexos, e fiquem atentas aos "rapazes superlativos", vocês podem acabar descobrindo que eles são mesmo é "rapazes superpassivos"...
Este é mais um serviço de utilidade pública prestado por Metabolismo Basal!
(me agradeçam no cbox ou por email!)
Enquanto isso...
Depois que J.K. Rowling confirmou para espanto de alguns e para a
confirmação de outros, que o diretor da escola de magia de Hogwarts,
o sr. Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore escorrega no quiabo,
dá a ré no kibe(loco), é um superman que voa pra trás, ou seja, é gay,
a massa de fãs da série está em polvorosa.
Opniões de todos os gêneros apareceram nos blogs e comunidades do orkut...
mas na verdade, se ele é gay ou não pouco importa.
Será que ele se torna menos digno de respeito por ser homossexual?
Vamos deixar os preconceitos de lado turminha!
O importante é que agora realmente sabemos o conteúdo
das aulas particulares que o diretor dava ao bruxinho Potter...:
- Dispa-se de seu uniforme, Harry enquanto eu tiro minhas vestes...
mas o que é isto, Potter?! Não mandei que já viesse com sua varinha em riste?
- Me desculpe, professor Dumbledore,é que corpos masculinos,
velhos e enrugados não são bem o meu ideal de beleza...
- Deixe que eu darei um jeito nisso: "PETRIFICUS TOTALIS"
- Nossa! Isso dá mais resultado do que espiar a Hermione no chuveiro!
- Deixe de devaneios, Potter, e termine logo o serviço!
- Mas professor, estou tendo dificuldades para entrar, esta muito apertado!
- Que bom, assim já lhe ensino o segundo feitiço: "ALORROMORA!"
- Agora sim diretor! Posso ver até o fundo da sua "câmara secreta"!
Duas horas depois...
- Não conte a ninguém sobre nossas aulas particulares, Potter. Afinal,
aquele-que-não-pode-ser-nomeado anda espreitando por aí...
- Eu sei que o Ciro Darlan está de olho em nós, mas eu não o temo!
- Tudo bem, Harry. Vá agora!
Esta piada foi concebida no último sábado dia 27, em plena festa de halloween
à 3 mentes: Théo, Roberto Nato e eu, Felipe Soneca.
1984...

O filme é bom e fez um até um certo sucesso. Eu adorava o filme. Na 2º grau eu tinha um professor de ética e cidadania que passava esse filme pra todas as turmas, desde a 5ª série até o 3º ano. E eu sempre dava um jeito de fugir da minha aula e entrar na sala em que ele estivesse passando o filme, me esconder lá no fundão, e assistir o filme pelá enésima vez.
Mas o que eu não sabia, e acho que meu professor também não, é que aqui no Brasil, 3 anos antes do lançamento do filme gringo, um brazuca, lá da terra dos pampas já tinha escrito uma crônica baseado na mesma idéia de "The Truman Show".
Esse bom brasileiro é Luis Fernando Veríssimo, e o texto chama-se "O Ator". Veríssimo resume o que o filme tenta passar em duas horas, em duas folhas de livro. E sem perder a angústia o desespero e o leve toque de humor, também presentes no filme estado-unidense.
Como não achei o texto na internet, transcrevi ele aqui no blog à quem possa interessar. Tirem suas próprias conclusões.
O Ator
O homem chega em casa, abre a porta e é recebido pela mulher e os dois filhos, alegremente. Distribui beijos entre todos, pergunta o que há para jantar e dirige-se para o seu quarto. Vai tomar um banho, trocar de roupa e preparar-se para algumas horas de sossego na frente da televisão antes de dormir. Quando está abrindo a porta do seu quarto ouve uma voz que grita:
- Corta!
O homem olha em volta, atônito. Descobre que sua casa não é uma casa, é um cenário. Vem alguém e tira o jornal e a pasta de suas mãos. Uma mulher vem ver se sua maquilagem está bem e põe um pouco de pó no seu nariz. Aproxima-se um homem com um script na mão dizendo que ele errou uma das falas na hora de beijar as crianças.
- O que é isso? – pergunta o homem. – Quem são vocês? O que estão fazendo dentro da minha casa? Que luzes são essas?
- O que, enlouqueceu? – pergunta o diretor. – Vamos ter que repetir a cena. Eu sei que você está cansado, mas...
- Estou cansado, sim senhor. Quero tomar meu banho e botar meu pijama. Saiam da minha casa. Não sei quem são vocês, mas saiam todos. Saiam!
O diretor fica parado de boca aberta. Toda a equipe fica em silêncio, olhando para o ator. Finalmente o diretor levanta a mão e diz:
- Tudo bem pessoal. Deve ser estafa. Vamos parar um pouquinho e...
- Estafa coisa nenhuma! Estou na minha casa, com a minha... A minha família! O que vocês fizeram com ela? Minha mulher! Os meus filhos!
O homem sai correndo entre os fios e refletores, à procura da família. O diretor e um assistente tentam segurá-lo. E então ouve-se uma voz que grita:
- Corta!
Aproxima-se outro homem com script na mão. O homem descobre que o cenário, na verdade, é um cenário. O homem com um script na mão diz:
- Está bom, mas acho que você precisa ser mais convincente.
- Que-quem é você?
- Como, quem sou eu? Eu sou o diretor. Vamos refazer esta cena. Você tem que transmitir melhor o desespero do personagem. Ele chega em casa e descobre que sua casa não é uma casa, é um cenário. Descobre que está no meio de um filme. Não entende nada.
- Eu não entendo...
- Fica desconcertado. Não sabe se enlouqueceu ou não.
- Eu devo estar louco. Isto não pode estar acontecendo. Onde está minha mulher? Os meus filhos? A minha casa?
- Assim está melhor. Mas espere até começarmos a rodar. Volte para sua marca. Atenção, luzes...
- Mas que marca? Eu não sou personagem nenhum. Eu sou eu! Ninguém me dirige. Eu estou na minha própria casa, dizendo as minhas próprias falas...
- Boa, boa. Você está fugindo um pouco do script, mas está bom.
- Que script? Não tem script nenhum. Eu digo o que quiser. Isto não é um filme. Isto é simbolismo ultrapassado. Essa de que o mundo é um palco, que tudo foi predeterminado, que não somos mais do que atores...Porcaria!
- Boa, boa. Está convincente. Mas espere começar a filmar. Atenção...
O homem agarra o diretor pela frente da camisa.
- Você não vai filmar nada! Está ouvindo? Nada! Saia da minha casa.
O diretor tenta livrar-se. Os dois rolam pelo chão. Nisto ouve-se uma voz que grita:
- Corta!
Desligue o PC e vá ler um livro!
E é por isso que vou postar meu primeiro MEME!
Para quem não faz a menor idéia do que estou falando, esse texto que eu achei no Verdade Absoluta, vai ajudar bastante.
Esbarrei com esse meme no Prililifobia e achei interessante. E como a própria dona do blog disse, "pega quem estiver interessado", eu fui lá e peguei! Este meme consiste em pegar o primeiro livro que você encontrar à sua frente.
1) Abra a página 161;
2) Procure a 5ª frase completa;
3) Poste essa frase em seu blog;
4) Repasse para outros 5 blogs; (ou, como a própria Dän PLöc aconselhou e eu acatei, ignore completamente este item)
No meu caso, o primeiro livro que vi na minha frente foi um apanhado de crônicas de Luis Fernando Veríssimo, que eu iria, ou melhor, vou usar num post futuro, mas como o livro tem apenas 20 crônicas, ele não chega até a página 161...
Fui até meu quarto e achei o "Ensaio Sobre a Cegueira" de Saramago na prateleira em cima da cama, foi o ultimo livro que li. e de lá veio isto:
"Há sempre alguém que propõe uma acção coletiva organizada, uma manifestação maciça, apresentando como argumento valedor a tantas vezes verificada força expansiva do número, sublimada na afirmação dialética de que as vontades, em geral apenas adicionáveis umas às outras, também são muito capazes de, em certas circunstâncias, de multiplicar-se entre si, até o infinito."